Web 3.0. Revolução sem fim. | Apice do Brasil

Web 3.0. Revolução sem fim.

2 de março de 2024
2 de março de 2024 Apice ADM

A colaboração contínua entre homem e máquina promete uma experiência digital mais livre, segura e sem centralização de poder.

Desde meados da década de 90, o entusiasmo notado na amplitude e movimento criam novos sentidos na estrutura da web, com maior liberdade de exploração ao público.

De lá para cá, a internet vem se revolucionando com o processo de transformação digital, assim como várias frentes. O que antes era uma rede basicamente para leitura, com um número limitado de produtores de conteúdo, se tornou uma poderosa e acessível ferramenta de criação, armazenamento e compartilhamento de dados.

Todo esse processo nos trouxe até a chamada Web 3.0, que marca o início de uma nova era na rede mundial de computadores. Entender suas características é essencial para qualquer um que atue no cenário do Marketing Digital.

O que nos trouxe até agora?

Observar o atual ambiente digital sem entender o contexto histórico e seu desenvolvimento pode passar noções erradas e distorcidas. É preciso entender a web como um fenômeno que em constante desenvolvimento desde sua criação, oficializada em 1991. Funciona como uma espécie de experimento que, ao mesmo tempo em que é influenciada pelo comportamento da sociedade, dita tendências globais.

É possível, então, separar a internet em momentos históricos, caracterizadas pelas condições tecnológicas da sociedade e pelo comportamento de seus usuários. Dito isso, devemos entender a Web 1.0 e a 2.0. O começo.

Web 1.0

A Web 1.0 foi revolucionária por iniciar um processo que se desenrola até hoje: a democratização do acesso à informação. Na época, a possibilidade de, pela primeira vez, acessar conteúdos espalhados pelo mundo com alguns cliques encantava os usuários.

A navegação, contudo, oferecia pouquíssimas possibilidades de interação entre o visitante de uma página e seu conteúdo. Não era possível deixar comentários e muito menos realizar edições, como fazemos hoje na Wikipédia, por exemplo. A produção desses materiais era extremamente centralizada.

Isso significa que a criação de conteúdos ficava, principalmente, a cargo de portais como IG, AOL, UOL e Terra. A busca por informações era realizada em diretórios como o Yahoo e o Cadê, que dominavam o período antes do Google.

Tratava-se de um modelo de distribuição de informações semelhante aos canais já existentes, como o rádio e televisão. Isso significa que a Web 1.0 era um ambiente em que muitos consumiam, mas apenas um punhado criava. A situação foi se revertendo com o desenrolar dos anos, até que chegamos a Web 2.0.

Web 2.0

Enquanto a Web 1.0 se destacou pela democratização do acesso à informação, sua sucessora iniciou esse processo na produção de conteúdo. Os usuários deixaram de ter uma atuação majoritariamente passiva para chegar ao protagonismo da rede mundial de computadores.

A Web 2.0, então, marca a transição entre um ambiente em que muitos consumiam e poucos criavam para um em que o público é o maior responsável pela criação de materiais online. Um dos fatores que contribuíram para essa mudança foi a facilidade que um usuário encontrava — e ainda encontra para criar um blog, por exemplo.

Plataformas como YouTube, Wikipédia e todas as redes sociais estimularam os usuários a se tornarem criadores de conteúdo. Isso significou um aumento inédito no volume de dados gerados diariamente, o que acabou com o modelo de diretórios utilizado por portais como o Yahoo para a busca de websites.

Com tantas informações, tornou-se impossível reunir todas os resultados de uma busca em uma lista de links. Isso possibilitou o crescimento enorme de buscadores como o Google que, por sua vez, gerou o modelo atual das SERP (Search Engine Results Page ou apenas página de resultados dos motores de busca), que utilizam critérios de SEO (Search Engine Optimization – técnicas que visam posicionar uma página nos primeiros resultados de mecanismos de busca online) para otimizar a experiência dos internautas.

Web 3.0

A Web 3.0, também chamada de Web Semântica, reúne as virtudes de suas antecessoras e adiciona um elemento inovador e fundamental: a inteligência artificial. Nessa era, as máquinas se tornam aliadas dos usuários tanto na produção de conteúdo quanto na otimização da experiência online.

A partir do cruzamento de dados e do desenvolvimento do machine learning, a Web Semântica tem a capacidade não apenas de gerar e armazenar informações, mas também de interpretá-las. Dessa forma, a combinação de esforços entre homem e máquina cria uma experiência de uso muito mais personalizada e interativa.

O mais importante é que a Web 3.0 vem para solucionar uma das maiores preocupações dos atuais usuários: a segurança de dados. Inclusive, a exploração desregulamentada de informações de usuários por parte de empresas como o Facebook representa uma centralização excessiva do poder digital na mão de poucos.

Para combater isso, a tendência é que os usuários, com o uso de tecnologias como a criptografia, tenham total controle sobre os próprios dados. Isso significa que, em vez de esperarem que as empresas personalizem suas experiências, os internautas vão, em conjunto com a inteligência artificial, moldar a própria navegação.

O impacto dessa descentralização

Se você está ligado nas novidades, já sabe sobre a LGPD. Trata-se da Lei Geral de Proteção de Dados, que entrou em vigor no Brasil em fevereiro de 2020. Seu objetivo é regulamentar a utilização de informações pessoais por parte de empresas e evitar seu uso indevido ou não autorizado.

Com isso, já fica claro que as empresas não vão mais atuar como intermediárias na personalização da navegação dos usuários, não é? Com a Web 3.0, isso é reforçado. A descentralização não diz respeito apenas ao armazenamento de dados por parte das companhias, mas sim à totalidade do cenário digital.

Com a ausência de intermediários, a liberdade dos usuários aumenta. Eles serão capazes de criar as próprias redes e não serão mais tão facilmente alcançados por esforços de Marketing Digital. Plataformas como o ZeroNet, por exemplo, dão ao usuário o poder de criar e navegar em sites sem a mediação de um servidor.

Na prática, isso diminui consideravelmente o controle que as empresas têm na experiência dos usuários. Se forem responsáveis por todos os aspectos de suas experiências online, os internautas poderão, por exemplo, evitar anúncios digitais com maior facilidade.

Embora conhecer esse tipo de tecnologia seja importante para preparar ações futuras, ela ainda está em fase inicial de desenvolvimento. No próximo tópico, vamos abordar os principais exemplos da Web 3.0 que já estão em pleno funcionamento.

Principais aplicações da Web 3.0

Busca semântica

Você concorda que buscadores como o Google são pontos centrais em nossa atual experiência digital? O algoritmo utilizado para o rankeamento de websites busca, cada vez mais, otimizar a experiência dos usuários com o direcionamento para as páginas mais adequadas à pesquisa que eles fazem.

De fato, é uma ferramenta extremamente útil que permite que, por meio do marketing de conteúdo, você atraia a persona para o seu website. Já existe, porém, um mecanismo de busca que, em vez de indicar potenciais soluções para as pesquisas dos usuários, já entrega uma resposta pronta.

Trata-se da Wolfram Alpha, uma ferramenta de conhecimento computacional em funcionamento desde 2009. Lá você pode fazer qualquer tipo de pergunta e o mecanismo vai oferecer uma resposta exata, ou ao menos o que ele entende estar correto. O objetivo é melhorar a precisão dos resultados ao entender a intenção do internauta.

Para tal, é utilizado um sistema que analisa os dados já registrados pelas ferramentas e os disponíveis em outras páginas da web, o que caracteriza uma busca semântica. O interessante é que o Wolfram Alpha aprende com cada interação, o que, ao longo dos anos, vai aumentando a abrangência e a precisão de suas respostas.

Assistentes de voz

Outro exemplo de mecanismos que exploram os conceitos da Web 3.0 são os assistentes de voz, como Siri e Alexa, desenvolvidos respectivamente por Apple e Amazon. Esses softwares aprendem a reconhecer a voz dos donos dos dispositivos e, de interação em interação, vão atualizando as informações que conhecem.

Dessa forma, eles tornam a navegação dos usuários muito mais dinâmica. Assim, em vez de digitar no Google, por exemplo, qual é a pizzaria mais próxima e se deparar com várias alternativas, você pode receber uma resposta simples e direta ao direcionar a pergunta ao assistente de voz.

Tanto os assistentes de voz quanto buscadores como o Wolfram Alpha ainda estão em um processo de aprendizado. Isso significa que eles não são, ainda, capazes de responder a todas as demandas do usuário. Ainda assim, a tendência é que essa capacidade seja continuamente desenvolvida com o passar do tempo.

Gráfico tridimensional

Os elementos visuais, como você já sabe, são fundamentais para a experiência do usuário, de forma que imagens e vídeos de qualidade ajudam o visitante de um website a compreender melhor seu conteúdo. Isso é ainda mais importante quando falamos de e-commerces, cujas operações dependem do entendimento do consumidor sobre o produto.

A Web 3.0 promete potencializar ainda mais essa tendência. Por meio dos avanços nas áreas de realidade virtual e aumentada, já é possível utilizar dispositivos para ter uma visão tridimensional dos itens expostos. Exemplos claros dessa mudança podem ser observados em sites de museus ou imobiliárias.

A partir da tecnologia de captura de imagens 3D, o visitante pode realizar tours virtuais, observando cada canto de um ambiente como se ele estivesse, de fato, ali.

Carteiras digitais

Você já ouviu falar em bitcoin, não é? A criptomoeda, que apresentou um pico de popularidade nos últimos anos, fez com que muitos tivessem um vislumbre do que promete ser o futuro: transações criptografadas, independentes, seguras e instantâneas. O grande responsável por isso não é a moeda em si, mas as carteiras digitais.

Utilizando a tecnologia blockchain, essas carteiras registram com muita transparência informações como: quem enviou a quantia, quem recebeu, e o momento em que a transação foi realizada. As informações são registradas em blocos, que são dependentes uns dos outros.

Para garantir a autenticidade e a legitimidade das transferências, elas são revisadas pelos chamados mineradores, que são recompensados com moedas digitais. Trata-se, portanto, de um livro contábil público com informações confiáveis, acessíveis e imutáveis.

Ferramentas de mensagem

Como já mencionamos, a segurança dos dados é uma das principais preocupações do usuário moderno de internet. Por isso, é fácil notar que as funcionalidades previstas para a Web 3.0 buscam solucionar essa questão. Um exemplo claro diz respeito aos aplicativos de mensagens.

O WhatsApp, que pertence ao Facebook, é o principal aplicativo para troca de mensagens que utilizamos em nosso cotidiano. Porém, até que ponto confiamos em sua segurança? Afinal, já é conhecimento público que a empresa americana acessa o dado de usuários do WhatsApp para direcionar suas campanhas publicitárias.

A solução proposta pela Web 3.0 é a descentralização dos dados de usuários, que pode ser alcançada com o uso da tecnologia blockchain. O Telegram é um exemplo de ferramenta que já investe nesse movimento e caminha para uma rede social.

O surgimento da Web 3.0 não representa a extinção da Web 1.0 ou 2.0, mas sim mais uma etapa em um longo processo de desenvolvimento. Conhecer as tendências desse novo cenário é fundamental para você se preparar para as mudanças que estão por vir, que prometem ser rápidas e intensas.

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